Agonistas dopaminérgicos são agentes que se caracterizam por atuarem diretamente nos receptores dopaminérgicos, dispensando metabolização prévia; e por terem meia-vida mais longa que a levo-dopa. O primeiro agonista dopaminérgico identificado foi a apomorfina. Actuam nos receptores dopaminérgicos centrais. Possuem afinidades diferentes para os cinco receptores dopaminérgicos actualmente descritos: D1, D2, D3, D4 e D5. Contudo, parece que todos eles actuam sobre o receptor D2. Esta variabilidade na afinidade poderá contribuir para a existência de diferentes perfis de acção clínica. O risco de desenvolver complicações tardias, relacionadas com o tratamento prolongado com L-Dopa, é praticamente nulo. Como tal, equaciona-se que estes possam constituir os fármacos de primeira linha no tratamento dos sintomas parkinsonianos nos doentes com Parkinson. Estudos indicam que estes fármacos provocam uma dessensibilização dos receptores dopaminérgicos, aumentando eventualmente os sintomas;
· Apresentam um efeito terapêutico mais prolongado e uniforme que o observado para a L-Dopa;
· Em fases precoces da doença são bem tolerados;
· São fármacos mais caros que a L-Dopa;
· As doses usadas em monoterapia são maiores que as usadas em associação, devendo ser tituladas lentamente (dose inicial baixa);
· No entanto, regista-se que num período de 1 a 3 anos, a maioria dos doentes necessita de associar L-Dopa ou outro fármaco à terapêutica iniciada;
· Quando utilizados como agentes adjuvantes em associação à L-Dopa, podem agravar as discinésias caso a dose destes não seja ajustada;
· Demonstraram maior incidência de efeitos secundários não-motores e incapacidade motora;
· Podem ser combinados com anticolinérgicos ou Amantadina;
· São fármacos pouco eficazes no tratamento do tremor, mas particularmente eficazes na bradicinésia e perturbações da marcha;
· Os agonistas da dopamina interagem com os antagonistas da dopamina como a Metoclopramida;
· O Pramipexol apresenta metabolismo renal, ao passo que o Ropinirol sofre metabolismo hepático;
· A Bromocriptina deve ser administrada 2 a 3 vezes por dia;
· Os restantes agonistas dopaminérgicos devem ser administrados 3 vezes por dia.
Exemplos:
Bromocriptina (Parlodel®), Pergolide (Permax®), Pramipexole (Mirapex®), Ropinirole (Requip®), Cabergolina, Apomorfina e Lisuride
Bibliografia:
http://www.google.pt/images?hl=pt-pt&q=bioquimica%20da%20doen%C3%A7a%20de%20parkinson&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1280&bih=558
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