quarta-feira, 17 de novembro de 2010

       Dopamina e Acetilcolina



Interacção da dopamina e da acetilcolina


         A acetilcolina é um neurotransmissor sintetizado a partir de acetil-CoA e colina, numa reacção catalisada pela colina acetil transferase (CAT) e participa em diversas funções, nomeadamente no processo de contracção muscular. É através de 5 vias de receptores coloenergéticos (m1, m2, m3, m4 e m5) que acetilcolina controla a contracção muscular. Tal como para a dopamina, existem dois tipos de receptores, localizados em diversas áreas do SNC e SNP: ionotrópicos (nicotínicos) e metabotrópicos (muscarínicos), associados à proteína G. Os receptores m1, m3 e m5 são estimulatórios, ao contrário dos receptores m2 e m4 que são inibitórios.
Na combinação destes dois efeitos, o efeito estimulatório de m1, m3 e m5 é mais forte que o efeito inibitório de m2 e m4. Assim, concluiu-se que a acetilcolina estimula a contracção muscular.
Como referido, a dopamina funciona de forma semelhante á acetilcolina, na maneira em que funciona através de 5 vias, mas em vez de serem vias coloenergéticas são dopaminérgicas (D1, D2, D3, D4 e D5). Os receptores D2, D3 e D4 são inibitórios, enquanto que os receptores D1 e D5 são estimulatórios.






                     Tipos de receptores metabotrópicos e ionotrópicos, respectivamente

Os receptores m1, m3 e m5 são estimulatórios, ao contrário dos receptores m2 e m4 que são inibitórios. Na combinação destes dois efeitos, o efeito estimulatório de m1, m3 e m5 é mais forte que o efeito inibitório de m2 e m4. Assim, concluiu-se que a acetilcolina estimula a contracção muscular.
Como referido, a dopamina funciona de forma semelhante á acetilcolina, na maneira em que funciona através de 5 vias, mas em vez de serem vias coloenergéticas são dopaminérgicas (D1, D2, D3, D4 e D5). Os receptores D2, D3 e D4 são inibitórios, enquanto que os receptores D1 e D5 são estimulatórios.
Mais uma vez, juntando os efeitos, o efeito inibitório de D2, D3, e D4 será mais forte que o efeito D1 e D5, o que indica que a dopamina actua na inibição da contracção muscular. Quando o efeito da dopamina é menor que o da acetilcolina, a Doença de Parkinson, tende a manifestar-se. Na doença de Parkinson, a falta de dopamina resulta num aumento global da actividade da acetilcolina, levando a um desequilíbrio entre estes neurotransmissores e activando o processo de contracção muscular. Tal acontece quando há uma redução de 25% da actividade dos neurónios dopaminérgicos.



            Diferença da quantidade de dopamina e acetilcolina na Doença de Parkinson



Biossíntese da dopamina

A dopamina forma-se nos neurónios dopaminérgicos através da via:



Via de síntese da dopamina



1ª ETAPA

Biossíntese pela enzima tirosina 3-monoxigenase (tirosina hidroxilase)

L-tirosina + THFA + O2 + Fe2+ L-dopa + DHFA + H2O + Fe2+

Para a produção de L-dopa, a L-tirosina, THFA e o ferro são essenciais. Na doença
de Parkinson a actividade desta enzima encontra-se abaixo de 25% e em casos severosabaixo dos 10%, o que nos indica que um ou mais elementos precisos para a formação de L-dopa se encontram em quantidades insuficientes.

2ª ETAPA

 Biossíntese pela enzima DOPA descarboxilase

L-dopa + fosfato piridoxal dopamina + fosfato piridoxal + CO2

Assim, L-dopa e fosfato piridoxal são essenciais para a formação de dopamina. A actividade desta enzima é regulada pela quantidade existente de piridoxal fosfato. Na doença de Parkinson o nível desta enzima é de 25% ou menos.



Coenzimas envolvidas na biossíntese da dopamina

As enzimas são substâncias que vão activar reacções químicas especificas
necessárias no nosso organismo. As coenzimas são substâncias que assistem as enzimas. Algumas enzimas, como as que são usadas na biossíntese de dopamina, não funcionam sem coenzimas.
Apesar de para a formação de dopamina a partir de L-tirosina, serem apenas,
necessário 2 enzimas, são também indispensáveis as seguintes 3 coenzimas: a THFA (para a passagem de L-tirosina para L-dopa), o fosfato piridoxal (para a passagem de L-dopa a dopamina) e NADH (para a formação de THFA e fosfato piridoxal). Estas coenzimas são obtidas a partir de vitaminas hidrossolúveis pelas seguintes vias:

ácido fólico ácido dihidrofólico ácido tetrahidrofólico (THFA)

piridoxina piridoxal fosfato 5 piridoxal

nicotinamida MNM NAD NADH (ou NADP) NADPH



Inactivação e degradação da dopamina

A dopamina é inactivada por recaptação da via transportadora de dopamina, que é enzimaticamente destruída pelo COMT (catecol-O-metil transferase) e pela MAO (momoamina oxidase). A dopamina que não é destruída por enzimas é reempacotada dentro de vesículas para uso posterior. Esta também pode simplesmente difundir-se na sinapse.


Via de degradação e inactivação da dopamina por acção da monoamina oxidase (MAO) e catacol-Otransferase (COMT)



Bibliografia:

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0506/paraquato/parkinson.html
http://viartis.net/parkinsons.disease/biochemistry.htm
http://www.google.pt/images?hl=pt-pt&q=bioquimica%20da%20doen%C3%A7a%20de%20parkinson&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1280&bih=558

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